Limiar entre paraíso e inferno
Ms Thaís Fernanda Trombin
O consumo de drogas pelos homens é evidenciado há séculos. Recentemente tal uso tornou-se uma questão pública e alvo de estudos de diversos segmentos do saber como a farmacologia e a antropologia. Atualmente, o termo “droga” define uma gama de substâncias que possuem propriedades maléficas capazes de transfigurar os indivíduos. Essas substâncias assumiram um papel ilícito na sociedade, agregando valores de ordem moral, social e política. Tais drogas, pela capacidade de provocarem comportamento compulsivo, muitas vezes euforizante e de promover o desenvolvimento de dependência química, foram denominadas drogas de abuso. O abuso de substâncias é um fenômeno biopsicossocial, um transtorno crônico que demanda pesquisas e desafios para cientistas de diversas áreas em busca de tratamentos. A dependência química provoca problemas sociais, fisiológicos e econômicos, sendo ainda um assunto extremamente amplo e, por vezes, um tanto obscuro. Estudos epidemiológicos mostram que muitos indivíduos experimentam vários tipos de substâncias de abuso por períodos variáveis de tempo, mas somente alguns desenvolvem a dependência. Nesse contexto, o consumo das substâncias psicoativas qualificadas como legais e ilegais passou a ser alvo de legislações e de controle de uso definido em tratados internacionais e de medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito. Assim, os estudos que permeiam a dependência química, assim como os mecanismos das drogas que levam ao desenvolvimento desse fenômeno e as possíveis alternativas de tratamento são de primordial importância para a sociedade atual.
Dados do Palestrante
Graduada em Ciências Biológicas nas habilidades Licenciatura e Bacharelado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU-2005). Mestre em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo (2009), área de concentração em Psicofarmacologia, sob orientação do Professor Doutor Roberto Frussa Filho. Foi bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Dissertação intitulada: “Fatores contextuais envolvidos com a sensibilização comportamental induzida por injeção única de morfina em camundongos” Atualmente, é aluna de doutorado em Ciências, área de concentração Farmacologia, na Universidade Federal de São Paulo, sob orientação do Professor Doutor Roberto Frussa Filho. Tem experiência na área de Psicofarmacologia, com ênfase nos seguintes temas: neurotransmissão, neurobiologia de dependência de drogas de abuso, sensibilização comportamental, farmacologia comportamental das psicoses.
